ROMA, 08 Mar. 10 (ACI) .- O historiador judeu nascido em Praga, Saul Friedländer, assinala em uma recente entrevista no semanário Le Point que Pio XII não foi o Papa de Hitler. Deste modo recorda a aversão do Papa Pacelli pelo nazismo e sua decisiva colaboração na encíclica Mit brennender Sorge de Pio XI na qual se deplora esta ideologia.
Friedländer ensinou história contemporânea no Instituto universitário de altos estudos internacionais de Genebra. Trabalhou também nas universidades de Los Angeles (EUA) e Tel Aviv (Israel). É autor, entre outros livros de "Hitler e os Estados Unidos", "Pio XII e o Terceiro Reich" e "Reflexões sobre o futuro de Israel".
Em entrevista concedida ao semanário Le Point dada conhecer pelo L'Osservatore Romano, o historiador judeus se refere ao "silêncio de Pio XII afirmando que se a Igreja tivesse elevado sua voz, hoje sua 'grandeza' seria recordada". Hoje se sabe que a verdadeira grandeza deste Papa esteve no seu silêncio que permitiu que ele salvasse mais de 700.000 judeus de perecer sob o regime nazista.O LOR assinala que ante diversas acusações deste tipo, "Friedländer considera que não quer transformar, como outros têm feito, a Pio XII no 'Papa de Hitler'.
Recorda, ao contrário, a aversão do Papa Pacelli pelo nazismo e sua decisiva colaboração na redação da Mit brennender Sorge", a encíclica de Pio XII que condena a ideologia nazista.
Fonte: ACI Digital
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