quarta-feira, 7 de abril de 2010

CESTA BÁSICA FICA MAIS CARA EM 17 CAPITAIS BRASILEIRAS, DIZ DIEESE

Sidinei Marques Fernandes
Canção Nova Noticias, SP


O custo da cesta básica subiu em 17 capitais do Brasil no mês de março, segundo dados divulgados hoje, 7, pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese). A pesquisa mostra que a maior alta registrada foi de 10,49% em São Paulo, seguido por Recife com 9,74%, João Pessoa 9,49% e Brasilia 9%.

As cidades que sofreram menor variação foram Natal (2,91%), Fortaleza (3,13%), Manaus (3,31%) e Vitória (3,33%).

Porto Alegre registrou aumento de 7,80%, bem menos que algumas capitais, mas mesmo assim continua sendo a cesta básica mais cara do Brasil chegando a R$ 257,07. São Paulo aparece com a segunda cesta básica mais cara do país com o preço de R$ 253,74, seguido pelo Rio de Janeiro com R$ 240,22. Já a cesta mais barata do Brasil está em Aracaju (R$ 181,70) e Fortaleza (R$ 182,43).

A maioria dos produtos da cesta básica teve aumento em seus preços, tanto no mês de março como no período anual, em grande parte das capitais pesquisadas. Este comportamento, segundo o Dieese, ainda é reflexo da longa temporada chuvosa que causou atraso no plantio e redução da área de cultivo. O tomate teve alta em todas as capitais pesquisadas. Os aumentos mais expressivos foram observados em Curitiba (75,39%) e São Paulo (73,13%).

O leite também está em média 10% mais caro em 13 capitais. O feijão, alimento indispensável na mesa do brasileiro, depois de um periodo de queda nos preços também voltou a subir e ficou mais caro em João Pessoa (25,70%), Salvador (16,31%) e São Paulo (13,53%), foram as capitais com as maiores altas. O acúcar, carne e arroz também tiveram seus preços elevados em mais de 10 capitais.

Devido as altas registradas no custo dos 13 principais produtos que compõe a cesta básica, o Dieese considera que o salário mínimo ideal a ser pago ao trabalhador deveria ser de R$ 2.159,65, isto é, quatro vezes maior do valor que é pago atualmente, de R$ 510,00. Ainda segundo o Dieese, no mês de março o trabalhador teve que realizar mais horas extras.

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