sexta-feira, 7 de novembro de 2008

UMA PASTORAL PARA O HOMEM

Segundo o livro das origens, Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e lhe deu o poder de dominar os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra. Depois, Deus viu que não era bom o homem viver sozinho, e fez para ele uma auxiliadora que lhe ajudasse nas tarefas do seu dia-a-dia para que ele não reclamasse da sua vida desde a sua criação até os dias de hoje, alertando-o, dizendo: por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. (Gn. 1, 26; 2, 24).

Depois, Deus sempre buscou o homem com amor tão verdadeiro que o fez o principal personagem nas alianças que fez para dar a este mesmo homem a terra prometida. Mas ao longo de todo esse tempo, o homem vem cada vez mais se distanciando do convívio com Deus e com sua igreja. Há bem pouco tempo a celebração da missa aos domingos, era de uma participação maciça e literalmente feminina, o que nos fazia afirmar que a era da participação masculina no leito da igreja, em seus movimentos, em seus grupos e em suas pastorais estava se extinguindo e o que era pior: sem nenhuma perspectiva de um renascimento. O próprio Papa João Paulo II atento a esse desafio, lança no inicio do seu pontificado, a pastoral familiar, que tinha como objetivo principal, trazer e resgatar para o âmbito da casa de Cristo o homem e sua família. Foi bonito, teve certa participação, mas o homem de coração duro, não entendeu isso como um chamado e aos poucos as mulheres assumem mais essa pastoral. Continuando assim a busca para que a família inteira venha se integrar às necessidades e carências da nossa igreja mãe. Isso sem contar que o surgimento de novas seitas que garantiam uma salvação sem sacrifício já aqui na terra, fez com que o homem se desligasse quase que inteiramente da sua responsabilidade cristã.

Mas, as coisas de Deus, sempre vai nos dizer que tudo dependo da vontade e do desejo do Nosso Criador, e nos faz acreditar nas suas promessas e nas suas afirmações, quando nos diz que todas as coisas passarão mas sua palavra não passará e que no tempo que é de Deus, um século pode ser um dia e um dia pode ser um século. Por isso, nossa dificuldade de entender, mas ao mesmo tempo em que acontece uma mudança em nossas vidas é inquestionável o nosso anseio e nossa determinação de obedecer ao chamado.

E ai, quando já parecia impossível trazer o homem de volta a casa do Pai, surge, através do esforço feminino, o abençoado TERÇO DOS HOMENS MÃE RAINHA, que fez com que o homem respondesse prontamente ao chamado de Deus e não só isso, fez com que o homem perdesse a vergonha de conduzir o rosário, perdesse a vergonha de dizer ao seu vizinho que vai à casa do Pai rezar e fez com que o próprio homem formasse um mutirão evangelizador e derrubasse, além disso, as barreiras que o impedia de falar com Deus, derrubassem tabus históricos da sua pouca participação na igreja e fizesse renascer dentro dele mesmo um novo homem, que através do Espírito Santo se tornasse uma nova criatura cheia da unção do Nosso Senhor.

Há muito tempo, a igreja cria pastorais, grupos e movimentos para desempenhar trabalhos em determinados setores carentes nesta caminhada de evangelização, mas que nunca, verdadeiramente, atraiu o homem para a Messe do Senhor. O terço dos homens, sem muito alarde, é bom dizer, está preenchendo essa lacuna, que num futuro bem próximo, poderá ganhar mais espaço na paróquia, poderá se expandir de maneira salutar e poderá vir a fazer, também um trabalho além de evangelizador, voltado para o social, no que diz respeito a um diálogo mais profundo do homem evangelizador com o homem excluído da sociedade.
O caminho mais rápido de se chegar a Deus é este. A forma mais legitima de amar o próximo é esta. Quem sabe o terço dos homens não seja de fato o grande salto que a igreja deu para enfim criar a tão sonhada PASTORAL DOS HOMENS.

Luis e Fátima
Pastoral Familiar de Apodi

Nenhum comentário: