quarta-feira, 5 de novembro de 2008

JUVENTUDE SARADA

Existe em meu peito, a necessidade de dialogar com a juventude sedenta de Cristo. Que ainda não teve tempo, para experimentar o verdadeiro amor do Cordeiro de Deus, por que anda ocupada nas “paradas” deste tempo tão incomum, mas que ao mesmo tempo tão aberto aos prazeres do pecado, aos vícios dos ébrios, aos confortos das libertinagens.

É preciso abrir urgentemente um diálogo com os nossos jovens, onde eles possam revelar a sua real necessidade, onde ele possa ser fiel ao seu coração e falar abertamente a outro jovem como gostaria de ser tratado, como gostaria de ser ouvido e como gostaria que fosse a sua relação dentro do lar, ao lado dos seus pais, dos seus irmãos, ao lado de sua família.

As grandes marcas do mercado, inclusive as que são proibidas por lei, mostram ao jovem, uma máscara, em que vai bater sempre contra aquilo que o jovem desejava para ele próprio naquele momento em que ele se prepara para conhecer o mundo que fica depois da porteira do seu quintal. Porque eu tenho certeza que nenhum jovem quer usar drogas, por achar que lhe vai fazer bem, mas sempre vai usar por uma curiosidade de saber que seu amigo, um ano mais novo que ele ou até mesmo alguns anos mais velho, já tenha usado e já tenha se envolvido nesse mercado louco que tem como objetivo te incentivar a experimentar o que ele diz ser a sua liberdade, a sua independência, aquela coisa de dizer quem manda realmente no seu nariz.

Por outro lado, há na verdade uma deficiência dos pais, nos dias de hoje, de realizar desde o inicio da construção da sua família, um diálogo, uma conversa, uma instrução de fato de como deve ser feita as amizades, o respeito, a educação e como deveria ser a iniciação do seu filho na vida cristã. A primeira eucaristia, por exemplo, sempre foi mais para os seus pais terem um tempo sem a perturbação do filho num determinado período do dia, do que necessariamente ser uma instrução de se integrar as pastorais ou movimentos da igreja.

Por isso, eu sinto que a juventude está se encaminhando de maneira quase que forçada para as coisas do mundo. Quantos depoimentos emocionados dão alguns pais quando descobrem que seus filhos estão usando drogas e vem numa maneira quase que desesperada pedir ajuda às pessoas que têm um pouco de vivência em igreja e que começam a fazer um trabalho voluntário buscando a restauração de vidas tão jovens perdidas nos guetos, nas noites, nas ruas da vida desenfreada, sem nenhuma segurança, sem nenhuma virtude, sem nenhuma atitude, sem vida, sem nada.

Percebe então que a grande maioria dos jovens está de fato, se drogando, se prostituindo, se marginalizando por falta de um afeto dos próprios pais, que na correria do dia-a-dia, buscando conquistar o espaço no mercado de trabalho, não despertaram para o “ninho de amor familiar”, e abandonaram a catequese doméstica ou em muitos casos, nem iniciaram essa catequese, por julgar sem necessidade, haja vista, correr contra o tempo para almejar ou merecer o lugar ao sol. Daí notarmos, a grande decadência existente hoje, na perseverança da constituição da família e vemos tristes e sem forças, a decadência, a destruição e o desespero da humanidade com a banalização e a desvalorização do âmbito familiar nos tempos atuais.

Lia ontem, um texto com o titulo: Tua família, (anjos de resgate) que alertava aos pais que esse é o momento de dizer ao seu filho: filho eu te amo; filha eu te amo, porque qualquer traficante vai dizer isso a ele ou a ela sem nenhum constrangimento. O homossexual vai dizer isso ao seu filho, a sua filha com muita facilidade. O marginal também, enfim, o mundo está cheio dessas “boas intenções” para roubar seu filho, sua filha e destruir seu lar, sua vida, ou suas vidas e sua família. Não podemos mais ficar parados, não podemos mais nos amedrontar e deixarmos que matem os nossos filhos. Compreendo até que eles necessitem de uma verdadeira liberdade que faça com que ele, o jovem, tenha atitude, tenha força e dignidade para suportar aquilo que vai te derrubar, mesmo que o inicio seja êxtase e um falso prazer. É levar o nosso jovem a ter um conhecimento pessoal com Jesus Cristo. Que foi jovem que enfrentou e venceu tentações, que não se calou diante de um mundo perverso e cheio de falsos poderes e de falsas ideologias. Temos que mostrar ao nosso jovem que ele é capaz de suportar o convite do mal. De dizer não ao banquete da morte e abrir seu coração para as coisas que vem do alto.

É preciso que o nosso jovem tenha a humildade de saber que errou e fazer a viagem de volta, como o filho pródigo. Tenho absoluta certeza que Jesus Cristo espera todo dia essa sua decisão, a decisão de mudar de idéia, de voltar pra casa. É tão simples e sabemos que ninguém se perde no caminho da volta. Agora nesse momento Deus espera por ti. Jovem, abra o teu coração e hoje mesmo venha louvar a tua ressurreição, a tua nova vida. Uma vida restaurada e cheia do amor do Pai. Deus seja louvado.

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