Comunidades missionárias
Após cerca de três anos de convivência com Jesus, os discípulos ainda não compreendiam o sentido de sua vida. A ideologia tradicional do Judaísmo, com seu messianismo glorioso, estava bastante radicada em suas mentes. A prática libertadora e vivificante de Jesus deixava-os perplexos. Prestes a ter sua missão encerrada pela violência mortal do sinédrio, Jesus vê que a ocasião não favorece muitos novos esclarecimentos. Mas o essencial é dito: o anúncio da vinda do Espírito da Verdade, que orientará os discípulos. Há uma perfeita comunhão entre Jesus, o Pai e o Espírito, sendo o ensinamento deste uma continuidade do ensinamento de Jesus. Os discípulos de Jesus, formando comunidades missionárias, vivem um conflito com um mundo sob o controle desumano do mercado e do lucro. Os donos do mercado e do lucro constituem um poder que, por um lado, seduz os fracos e, por outro, destrói pela violência ou pela guerra aqueles que querem resistir a seu poder. Porém, a presença do Espírito reforça nestas comunidades a esperança. Com sua presença, ainda, o Espírito ilumina-as na verdade, atualizando sua compreensão do contexto histórico em que vivem, e inspira-as na prática do amor transformador e vivificante.
José Raimundo Oliva
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