quarta-feira, 25 de março de 2009

O QUE IGREJA DIZ E O QUE NÃO DIZ SOBRE PRESER...‏


Ao ler os jornais, dá a impressão de que a Igreja diz que, se uma pessoa vai ter relações com uma prostituta, não deve utilizar o preservativo, reconhece o presidente da associação dos médicos católicos do mundo.

José Maria Simón Castellví ilustra com este exemplo a superficialidade com que alguns meios de comunicação informaram sobre as palavras de Bento XVI nesta terça-feira, a bordo do avião que o levava a Camarões, quando esclareceu que o preservativo não é a solução para a AIDS.

A Igreja defende a fidelidade, a abstinência e a monogamia como as melhores armas, indica o presidente da Federação Internacional de Médicos Católicos (FIAMC) em uma declaração concedida à Zenit.

Contudo, a mídia e inclusive alguns representantes políticos acusaram a Igreja de promover a AIDS na África. Obviamente, esclarece o médico, a Igreja não está dizendo que se pode manter todo tipo de relações sexuais promíscuas, com a condição de não utilizar o preservativo.

O Dr. Simón explica que, para entender o que a Igreja diz sobre o preservativo, é necessário compreender o que é o amor, como explicou o próprio Papa aos jornalistas, apesar de que essa parte de sua conversa foi censurada pela maior parte dos meios de comunicação.

O preservativo é uma barreira, mas uma barreira com limites que muitas vezes se abrem. Especialmente em jovens pode não ser produtivo no que diz respeito à transmissão do vírus, acrescenta.

Os médicos católicos estão a favor do conhecimento científico – declara. Não dizemos as coisas só por carga ideológica. Da mesma maneira que admitimos que um adultério de pensamento não transmite nenhum vírus mas é algo mal, devemos dizer que os preservativos têm seus perigos. Barreiras limitadas.

O médico ilustra a posição da Igreja usando um caso histórico, recolhido por meios informativos.

Em Yaoundé, em 1993, aconteceu a VII Reunião Internacional sobre a AIDS com especialistas médicos e de saúde. Foi uma reunião da qual participaram cerca de 300 congressistas, e se distribuiu ao final um questionário para que se indicasse, entre outras coisas, se se havia tido relações sexuais durante os três dias que durou a reunião com pessoas que não fossem parceiros estáveis.

Dos pesquisados, 28% responderam que sim, e destes, 30% disseram que não haviam tomado precaução alguma para evitar contágios.

Se isso ocorre entre pessoas ‘conscientizadas’, o que ocorrerá entre as pessoas normais?, pergunta.

Fonte: Zenit.com

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