quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PORQUE AINDA SOU UM CATÓLICO TRANQÜILO E FELIZ!

A minha primeira catequese foi através da minha mãe, que pedia pra eu juntar as minhas mãos de criança, para todas as noites, antes de dormir, rezar o “Credo”, o Pai Nosso e a Ave Maria. Com isso, a minha casa foi a minha primeira igreja, a igreja doméstica, literalmente, até porque, nós estávamos sempre mudando e às vezes tínhamos de morar na zona rural e isso dificultava ir à missa do domingo ou até mesmo ir para uma celebração, porque também, era uma dificuldade encontrar um grupo que rezava ou celebrava na zona rural de um pequeno município, na década de 70, que ainda tinha 90% ou mais de sua população dizendo-se católica.

Então, cresci com esse jeito “obrigatório” de ser católico. E permaneci assim até os meus vinte e poucos anos, sem ter a preocupação de explicar o porquê dessa escolha e o porquê de permanecer um cristão católico apostólico romano. Apesar de ter feito primeira eucaristia e a crisma, diga-se de passagem, numa idade em que a própria igreja não permitia, eu continuava com a educação religiosa da minha mãe que era analfabeta; ou seja, fiz primeira eucaristia por fazer, fiz a crisma, por fazer, continuei católico por querer e talvez por que não tinha na verdade ninguém para me azucrinar a paciência com “responsabilidades religiosas”.

Continuei assim, católico das missas dominicais, casei-me na Santa Igreja Católica, fazendo parte da grande maioria, infelizmente continua sendo assim, que favorece mais para o lado que vamos intitular de: ...”e pecadora igreja católica”. Mesmo assim, participando da missa do domingo, batizando os meus filhos na igreja, enfim tendo uma pequena participação na igreja e lógico me calando diante de tanta indagação dos meus queridos irmãos protestantes que sempre tinha na ponta da língua as mesmas insinuações de que nós somos adoradores de imagens, que adoramos Maria, que na bíblia não fala nisso, a bíblia não fala naquilo, a verdadeira religião de Jesus é aquela, a verdadeira bíblia é essa, blá blá blá e mais blá, blá, blá.

Continuei a “me esconder” dos nossos irmãos separados, até o dia em que decidi conhecer Jesus, foi logo depois que fui convidado a fazer o ECC, eu comecei a senti necessidade de algumas respostas que me indagava e que era importante sabê-las antes de tomar qualquer decisão que num futuro bem próximo poderia parecer que foram precipitadas. Então comecei a questionar-me e interrogar-me: porque batizar crianças, se crianças não têm pecados? Porque Padres não podem casar, se Pastores podem? Porque nós amamos tanto Maria? Porque existem imagens em nossos templos? Porque uma pessoa que é de segunda união não pode comungar? Porque a igreja é contra o divórcio, o aborto, a eutanásia, as pesquisas com células-tronco embrionárias? Porque, porque, por quê????

Não vou aqui responder essas perguntas, até porque eu já sou e estou muito satisfeito com a minha pesquisa, com isso quero dizer, não àquela pessoa que tem outra religião e que está feliz nela, mas ao católico que vive cheio de dúvidas, que tem medo de está no pecado e vivendo dentro do próprio pecado, que se fragiliza, todas as vezes que lhe dizem que a prática do catolicismo é contra a lei de Deus. Faça uma experiência com Jesus vivo e Sacramentado, procure ver nas passagens bíblicas, que outras religiões usam para nos escandalizar, nos amaldiçoar, ensinamentos para o seu dia-a-dia, para esse momento, para uma verdadeira conversão ao Nosso Senhor Jesus Cristo e aprenda Dele mesmo, que é manso e humilde de coração e que somente Ele tem o poder de Julgar e de libertar aquele que Ele quiser. Faça uma profunda espiritualidade ao lado de Jesus. Pergunte, questione, faça um diálogo prazeroso de frente para o Mestre, com a liberdade de chamá-lo de Amigo, Irmão, Pai, Mestre, Rabuni, Emanuel, Javé, Jeová, Altíssimo, Filho de Davi, Filho de Abraão, Filho de Isaac, Filho de Jacó, Filho do Carpinteiro, O Nazareno, Filho de Maria. Enfim chame-o de qualquer um desses nomes, ou na sua oração para invocá-lo, chame do nome que você mais se identifica com Ele e Ele que conhece todos os nossos empecilhos e nossos limites se alegrará com a sua decisão de procurá-lo.

Eu fiz esse encontro, foi maravilhoso, tenha certeza que esse encontro supera todas as expectativas, todo tipo de crença, culto, cultura, e afasta também todo tipo de preconceito e dúvida. Porque depois desse encontro tudo para você é traduzido em uma só palavra: AMOR.

Depois desse encontro eu continuei católico, com uma diferença, fiz uma nova e profunda catequese e agora eu sou muito mais feliz.

Luis e Fátima
Pastoral Familiar Apodi
Apodi – RN 28/12/08

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