sexta-feira, 24 de outubro de 2008

JESUS: EXEMPLO MÁXIMO DO PERDÃO Lc 12,54-59

Hipócritas! Vocês sabem explicar os sinais da terra e do céu. Então por que não sabem explicar o que querem dizer os sinais desta época?

Jesus sençura no Evangelho de hoje os homens que se julgavam possuidores de toda a ciência e conhecimento na interpretação dos fenómenos naturais e não conseguiam ver a necessidade do próximo. Aquele com quem cruzavam todos os dias. E mais não os seus olhos estavam fechados o ponto de não encergarem o grande sinal dos últimos temos. Jesus Cristo presente entre eles.

Depois aponta-lhes aquele que os vai acusar diante do tribunal não terreste mas sim celeste. E antes que isso aconteça é preciso fazer pazes.

Tu me poderias pergutar. E quem é o acusador dos homens? Quem os vai acusar?

É o ensino do mestre que nos chama a atenção. Eu quero misericórdia e não sacrifícios.

A misericórdia é complemento da doçura, porque aquele que não é misericordioso não sabe ser brando e pacífico; ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação, sem grandeza, o esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada que está acima dos insultos que se lhe pode dirigir; uma é sempre ansiosa, de uma suscetibilidade desconfiada e cheia de fel; a outra é calma, cheia de mansidão e de caridade.

Ai daquele que diz: “Eu nunca perdoarei”, porque se não for condenado pelos homens, se-lo-á por Deus; com que direito reclamará o perdão das suas próprias faltas se ele mesmo não perdoa os dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz para perdoar ao irmão não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar; uma grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, que poupa com delicadeza o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, tivesse mesmo este último toda a culpa. A segunda, pela qual o ofendido, ou aquele que acredita sê-lo, impõe ao outro condições humilhantes, e faz sentir o peso de um perdão que irrita, em lugar de aclamar; se estende a mão, não é com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a todo mundo: “Vejam quanto sou generoso!”

Em tais circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera de parte a parte. Não, nisso não há generosidade, mas um modo de satisfazer o orgulho, Em toda contenda, aquele que se mostre mais conciliador, que prove mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.

Há na prática do perdão, e na do bem em geral, mais que um efeito moral, há também um efeito material.

De fato, o ato de perdoar é algo transcendental, além de imprescindível, porquanto para que sejamos perdoados é necessário que perdoemos. Não está o Pai Eterno a nos perdoar constantemente? Tomando-se por base esse ensinamento evangélico, ensinado e exemplificado pelo Divino Mestre Jesus Cristo, aprendamos, por conseguinte, a não permitir que mágoas, ofensas, prejuízos de qualquer espécie nos causem aborrecimentos, desilusões etc. Temos na figura incomparável de Nosso Senhor Jesus Cristo o exemplo máximo de perdão: Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!

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