terça-feira, 27 de outubro de 2009

NA CONFISSÃO, POR MEIO DO SACERDOTE, JESUS NOS PERDOA

Por Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Tradução: Pe. Antonio Carlos Rossi Keller
Fonte: Livro “Curso de Catequesis” da Editora Palabra, España

INTRODUÇÃO:

Uma das páginas mais comovedoras do Evangelho é a parábola do filho pródigo, que retrata a conduta de um filho ingrato para com seu pai. Eram dois irmãos e o menor decide abandonar a casa; depois de pedir sua parte na herança, foi-se embora para um país longínquo onde gastou tudo, levando uma vida má. Então, teve que por-se a cuidar de porcos para poder viver, até que um dia sentiu vergonha de sua situação e decidiu voltar para casa, e pedir perdão a seu pai: “Pai, pequei contra o céu e contra ti” (Lucas 15,18). O pai, que o esperava, quando viu que se aproximava, saiu a seu encontro, abraçou-o e o beijou. E foi tão grande sua alegria que ordenou aos criados que preparassem um banquete e uma grande festa para celebrar a volta do filho mais novo.

Esta parábola pode nos ajudar a entender o sacramento da Penitência, que é o sacramento da misericórdia de Deus.

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Os sacramentos de cura.

Estudamos os sacramentos da iniciação cristã: o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, que outorgam a vida nova em Cristo. Mas, apesar de tantas graças, o ser humano é débil, pode pecar e carrega consigo as misérias do pecado.

Cristo quis que na Igreja existisse um remédio para estas necessidades, e nós podemos encontra-lo nos sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos, chamados sacramentos de cura, porque curam a debilidade e perdoam os pecados.

2. Para salvar-se, é preciso que nos arrependamos dos pecados

Não existe possibilidade de salvação sem o arrependimento dos pecados, que é absolutamente necessário para aquele que ofendeu a Deus. É o que nos diz Nosso Senhor Jesus Cristo: “Se não fizerdes penitência, todos, igualmente, perecereis” (Lucas 13,3).

Antes da vinda de Jesus Cristo, a humanidade não tinha nenhuma segurança de poder ter obtido o perdão de seus pecados. A segurança foi-nos trazida por Jesus, que pode dizer: “Teus pecados te são perdoados” (Mateus 9,2).

3. A instituição do sacramento da Penitência, para o perdão dos pecados


Na tarde do domingo da Ressurreição, Jesus Cristo instituiu o sacramento da Penitência, ao dizer a seus discípulos: “Recebei o Espírito Santo; aqueles a quem lhes perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (João 20,22-23). Instituiu este sacramento como um juízo, mas juízo de misericórdia, para que os Apóstolos e seus legítimos sucessores pudessem perdoar os pecados.

“Olha que entranha de misericórdia tem a justiça de Deus! - Porque nos juízos humanos, se castiga aquele que confessa sua culpa: e no divino, se perdoa.

Bendito seja o santo Sacramento da Penitência!” (Caminho, 309).

Este sacramento é denominado também sacramento da conversão, da reconciliação, ou confissão.

4. É o mesmo Jesus Cristo, por meio do sacerdote, quem absolve

Só os sacerdotes - com potestade de ordem e a faculdade de exerce-la - que podem perdoar os pecados, pois Jesus Cristo deu o poder só a eles. Não se obtém o perdão, portanto, dizendo os pecados a um amigo, ou diretamente a Deus. Além disso, no momento da absolvição é Cristo mesmo quem absolve e perdoa os pecados por meio do sacerdote, já que o pecado é ofensa a Deus e só Deus pode perdoa-lo. O sacerdote deve guardar - sob obrigação gravíssima - o sigilo sacramental.

5. Efeitos deste sacramento

Os efeitos deste sacramento são realmente maravilhosos:

* a reconciliação com Deus, perdoando o pecado para recuperar a graça santificante;

* a reconciliação com a Igreja;

* a remissão da pena eterna contraída pelos pecados mortais e das penas temporais -ao menos em parte - segundo as disposições;

* a paz e a serenidade de consciência, com um profundo consolo do espírito;

* os auxílios espirituais para o combate cristão, evitando as recaídas no pecado.

6. Necessidade da Penitência

O sacramento da Penitência é completamente necessário para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado mortal. A Igreja ensina que existe a obrigação de confessar os pecados mortais ao menos uma vez por ano, em perigo de morte e quando se for comungar.

Mas uma coisa é a obrigação e outra muito diferente é aquilo que convém fazer quando se quer que aumente nosso amor a Deus. Não existe a obrigação, por exemplo, de se beijar nossa mãe, nem a de cumprimentar nossos amigos, nem de comer todos os dias…, mas qualquer pessoa normal faz estas coisas. Se quisermos progredir no amor a Deus, devemos nos confessar freqüentemente, e nos confessar bem.

7. Conveniência da confissão freqüente

A Igreja recomenda vivamente a prática da confissão freqüente, não só dos pecados mortais - que devem ser confessados imediatamente - mas também dos pecados veniais. Desta maneira, aumenta-se o conhecimento de si mesmo; cresce-se na humildade; desenraizam-se os maus costumes; faz-se frente à tibieza e à preguiça espiritual; purifica-se e se forma a própria consciência; ajuda-se a crescer na vida interior, e aumenta a graça em virtude do sacramento. Para crescer no amor a Deus é muito conveniente ter em muita estima a confissão: confessar-se com freqüência e bem.

8. PROPÓSITOS DE VIDA CRISTÃ:

* Devemos mostrar um grande amor e estima ao sacramento da Penitência.

* Fazer o propósito de recebe-lo com freqüência e bem preparados.

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