quinta-feira, 13 de agosto de 2009

VIVER NA POBREZA E NA RIQUEZA‏

Um autor bíblico do antigo Testamento ensinou-nos uma belíssima oração: "Eu vos suplico Senhor, não me deis nem riqueza, nem indigência". A riqueza leva a auto-suficiência, a indigência pode levar alguém a roubar, assim ambos de uma forma, ou de outra, blasfemam o nome de Deus.

Paulo na carta aos Filipenses, afirma que aprendeu a conviver na pobreza e na riqueza, aprendeu a viver na penúria, e também no bem estar. Paulo nos dá uma belíssima lição de desapego, porque quem afirma o que ele acaba de dizer, é uma pessoa desapegada. E uma pessoa assim, desapegada, é uma pessoa que têm bem outros interesses que os interesses materiais.

Paulo, da manhã à noite, podemos afirmar, possuía um único pensamento. Este pensamento o dominava, e de certa maneira, o arrastava: era servir a Deus e a Jesus Cristo Nosso Senhor através do apostolado, e de uns cem números de tribulações e provações, que no seu afã missionário, ele suportava, por amor a Jesus Cristo."Sei viver na pobreza e sei viver na riqueza".

Com outras palavras: não me interessa coisa alguma deste mundo, seja ela a grandeza, a riqueza, ou a penúria. A mim interessa o essencial: anunciar Cristo. Na carta aos Coríntios vai dizer: "Ai de mim se não evangelizar".

Nós podemos humildemente confessar, que não somos assim tão fanáticos por Jesus Cristo, quanto Paulo a ponto de abandonar, ou relativizar o resto todo de nossa existência. Mas nada impede que este estado de Paulo, seja um desejo e uma aspiração nosso, nada impede que façamos do estado de Paulo, um pedido a Deus a nosso respeito.

Estejamos tão cheios, repletos de Jesus Cristo, que a riqueza ou a penúria, a saúde ou a doença, a vida ou a morte, não nos digam mais coisa alguma, e o que nos importa é lucrar Jesus Cristo.

Pe. Fernando J. C. Cardoso Arquidiocese de São Paulo/SP

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