terça-feira, 7 de abril de 2009

SANTA SÉ CONSIDERA DECLARAÇÃO DO BISPO WILLIAMSON INSUFICIENTE

A Santa Sé considera que o pedido de perdão emitido pelo bispo Richard Williamson, por declarações em que negou o alcance do Holocausto, não responde às exigências estabelecidas.
O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, pronunciou uma declaração aos jornalistas na qual explica que a ‘declaração’ do bispo não parece respeitar as condições estabelecidas pela nota da secretaria de Estado vaticana de 4 de fevereiro de 2009, na qual se dizia que ele teria 'de tomar distância, de modo absolutamente inequívoco e público, de suas posturas sobre a Shoá’.

O Pe. Lombardi afirma, ao mesmo tempo, que a declaração não se trata de uma carta dirigida ao Santo Padre ou à Comissão Ecclesia Dei.

A declaração do prelado, emitida em seu regresso a Londres, nessa quinta-feira, dizia que o Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas.

Observando essas consequências – acrescentava –, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito. (...) Na televisão sueca, eu manifestei apenas a opinião (..."eu penso"..."eu acho"...) de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então – seguia dizendo a nota. No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado.

Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão, afirmava o bispo.

Associações judaicas da Itália e da Alemanha também declararam como não aceitável o pedido de perdão.

Fonte: ZENIT.org

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